Foto: Vinicius Becker (Diário)
Pais e familiares de alunos da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Boca do Monte realizam um protesto na tarde desta terça-feira (5), a partir das 17h, em frente ao portão da antiga Fepagro, no distrito de Boca do Monte. A mobilização, que já reunia cerca de 50 pessoas na noite de segunda-feira (4), é uma resposta à decisão da prefeitura de transferir temporariamente as atividades da escola para outro local, devido à ocupação de um grupo indígena na área da Fepagro, onde a Emei está localizada.
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A decisão da prefeitura
Em nota divulgada na segunda-feira (4), a Secretaria de Educação informou que, em prol da segurança dos estudantes e servidores, as aulas da Emei Boca do Monte serão temporariamente transferidas para a Escola Estadual Almiro Beltrame, no mesmo distrito. A medida valerá enquanto a situação da ocupação não for definida. O retorno das aulas no novo local está previsto para quinta-feira (7) para a pré-escola e para a próxima segunda (11) para a creche.
"Um transtorno emocional muito grande"
A decisão gerou indignação entre os pais dos cerca de 80 alunos da instituição. Eles argumentam que a mudança abrupta causará prejuízos emocionais e logísticos para as crianças, que já estavam adaptadas à estrutura da escola.
– Não concordo com a relocação, pois estamos falando de mais de 80 crianças. Seria um transtorno emocional muito grande para todos e, principalmente, para as crianças que estão em fase de desenvolvimento - afirma a advogada Mariana Zanini, mãe de uma aluna.
Avó de dois alunos, Leila Vedovotto Ilha lamenta a perda da rotina e da estrutura da escola, descrita como "maravilhosa".
– A escola é maravilhosa, os professores são maravilhosos. Eles têm horta. Não acho justo tirar as crianças da escolinha que eles já estão acostumados - desabafa.
A principal reivindicação da manifestação é o retorno imediato das aulas no prédio original da Emei.
– A gente pede que as aulas sejam retomadas na escola EMEI Boca do Monte, na sua estrutura, e que os indígenas sejam então realocados nas áreas designadas - explica a enfermeira Letícia Saccol.